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Engenharia Integrada nas Paredes de Concreto

 

É comum ouvirmos a seguinte frase: “Para termos uma obra sem surpresas e nem atropelos, precisamos pensar antes”.

 

O momento atual exige que todas as empresas da construção civil conheçam, entendam e dominem todas as variáveis que influenciam o seu resultado. Ações integradas de industrialização que efetivamente aumentem a produtividade são imprescindíveis, e a primeira ação que devemos tomar é o planejamento da obra.

 

Planejamento nada mais é do que um plano para alcançarmos um determinado objetivo, com o menor número possível de recursos e de tempo. Em outras palavras, planejamento é o detalhamento da estratégia que iremos adotar.

 

E quais os ingredientes que precisamos para planejarmos bem uma obra?

 

Na verdade, um só: conhecimento!

  • Conhecimento do negócio

  • Conhecimento do produto

  • Conhecimento técnico

 

Ora, vivemos na era do conhecimento. Graças à internet, temos acesso a praticamente toda a informação de que necessitamos. Então, é muito simples planejar uma obra, não?

 

Vamos refletir um pouco:

 

O Negócio:

É o primeiro ponto a ser detalhado, e cabe ao Incorporador (ou à Área de Incorporação) conceber qual o melhor produto a ser construído em um determinado local.

Informações como: tipologias, implantação, prazo, repetitividade são a base para montarmos a estratégia.

No sistema de paredes de concreto moldadas no local, são essas informações que embasam uma das principais decisões a serem tomadas: qual o trecho de fôrmas que comporá cada jogo; quantos jogos de fôrmas; e quantas equipes (vide o artigo: Produção e produtividade em paredes de concreto).

 

O Produto:

Projetos e memoriais. Ou seja, quais as especificações do que iremos construir. Infelizmente, muitas vezes planejamos e iniciamos obras somente com parte dessas especificações e acabamos comprometendo toda a nossa estratégia.

Mas como montar uma estratégia vencedora para executar algo se não sabemos o que devemos executar? Esse problema se agrava ainda mais quando adotamos sistemas construtivos racionalizados. Imagine ter que quebrar um trecho de parede (de concreto) em todos os pavimentos de um edifício, somente porque não tínhamos o projeto executivo de instalações, descobrindo (tardiamente) que esse era o único trecho possível para essa passagem.

O mundo competitivo de hoje não permite que uma construtora inicie uma obra sem todos os projetos (e consequentemente) o planejamento e o orçamento concluídos.

A máxima popular de que no Brasil a maioria das obras começa “na correria”, sem projeto e sem planejamento, não tem mais lugar neste cenário de alta demanda e produção de edificações. Quanto mais racionalizado o processo, maior a necessidade de GANHARMOS tempo projetando e pensando ANTES do início da obra.

 

A Técnica:

Informação técnica não é mais problema nos dias de hoje. A internet nos dá acesso às mais diversas informações sobre qualquer assunto que desejarmos e em qualquer lugar do mundo. Quer um exemplo na nossa área? Experimente pesquisar o termo “concrete homes” e você verá a que me refiro.

O que, a meu ver, ainda usamos pouco é o (grande) conhecimento técnico dos nossos fornecedores. Ora, quem melhor do que uma empresa que há vários anos produz adesivos e selantes (por exemplo), para nos ajudar a escolher o melhor produto para vedação das esquadrias?

Isso serve para todos os materiais e serviços que necessitaremos ao executar uma obra em parede de concreto. Desde as fôrmas até o revestimento das fachadas. Do serviço de concretagem aos equipamentos de transporte.

Em outras palavras, procure cercar-se de pessoas que entendam do seu problema. Pessoas que o ajudem a formar um cenário completo de todas as possibilidades e variáveis intrínsecas a qualquer projeto.

Com isso, as suas decisões serão, com certeza, as melhores para o seu negócio, seu produto e seu momento.

 

Em tempo: 

todos sabem que não existe “café de graça”! Para cada decisão que tomamos temos que abrir mão de algo em favor de outra coisa. Um termo que surgiu no mercado financeiro que define bem esse conceito é trade off. Trade off pode ser traduzido livremente como “relação de compromisso” ou “perde-e-ganha”. Em outras palavras: quando decidimos por um caminho, sempre abrimos mão de alguma coisa em troca de outra, e saber escolher o que, como e quando trocar é o grande desafio de qualquer profissão.

 

 

Carlos Chaves é arquiteto e sócio da Signo Engenharia, com experiência em coordenação de projetos, planejamento, logística e controle de obras, e na aplicação dos conceitos de engenharia de produção nas obras.

Carlos Chaves, arquiteto e sócio da Signo Engenharia

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